Nova geração Apocalipse 4 – Igreja de Esmirna

Esmirna

é uma das sete congregações citadas no Apocalipse. Destaca-se por sua carência material e sua capacidade de verdadeiros testemunhos. 

Ouça o Nova Geração – Apocalipse – 4 – Igreja de Esmirna

Apocalipse, capítulo 2

8. E ao anjo da congregação de Esmirna escreve:
Essas coisas diz o primeiro e o último, aquele que esteve morto e viveu.

9 ‘Conheço a tua aflição e a tua mendicância (mas és rica) e a blasfêmia [vinda] daqueles que se dizem judeus e não são, mas [são] uma sinagoga de Satanás.

10 Nada temas em relação às coisas que estás para sofrer. Eis que o diabo está prestes a atirar [alguns] de vós para a prisão para que sejais postos à prova; e tereis aflição durante dez dias. Sê fiel até [a] morte e te darei a coroa da vida.

11 Quem tem ouvido que ouça aquilo que o espírito diz às congregações. O vencedor não será injustiçado pela segunda morte.”

(Bíblia – Novo testamento, vol. II: Apóstolos, Epístolas, Apocalipse. Tradutor: Frederico Lourenço)

Diálogo mediúnico

Queridos filhos, queridas filhas, Cristo, essa luz poderosa, esse amigo magnânimo e generoso, esse coração poderoso, nos auxilie a todos a ter o cuidado necessário: a elevar nosso pensamento, a entregar-se a vibrações superiores ao tratar dos temas do Apocalipse, porque são coisas sérias, poderosas e importantíssimas. 

Não levemos em vão a revelação do Senhor. Pensemos com seriedade, desenvolvamos a nossa compreensão íntima. Nosso estudo hoje é apenas estímulo, não estamos aprofundando questões, mas estimulando a um grupo que irá amadurecer para um dia conseguirmos aprofundar bastante esse estudo.

 
Podemos começar com o nosso diálogo, minha amiga. 

Muito obrigada pela sua presença hoje, ficamos muito felizes. A nossa pergunta sobre o estudo é: qual a função da riqueza e da pobreza no desenvolvimento do Espírito em um mundo como a Terra?

Considerando o tema de hoje, eu diria: riqueza e pobreza são instrumentos terríveis, fortes, para que o Espírito se transforme em profundidade. A riqueza nunca corrompe, se é riqueza verdadeira. Mas, do ponto de vista do mundo, o que vocês chamam de riqueza, quase sempre, são as lentes da ilusão. 

Vejamos duas coisas que no mundo de vocês é riqueza: posse imensa de bens. É uma estupidez, claro que é uma estupidez, porque para vocês riqueza é ter coisas que vocês nunca vão precisar. É o que eu vejo vocês dizerem: ah, fulano é tão rico, nunca vai usar 10% do que tem… Que coisa estúpida! Como achar que é bom você ter coisa que nunca vai usar? Nunca vai usufruir, nem para si nem para outros? Isto é muito estúpido. Mas isso é o que vocês dizem que é riqueza. Rico é o indivíduo que possui tanta, tanta, tanta coisa que não sabe nem o que tem. Que estúpido! Possuir uma coisa que você nem sabe que tem. O que é isso, filhos, se não um tipo de loucura? Para quê possuir coisas que não vai usar e que nem sabe que tem? Quando no mesmo mundo, na mesma cidade, tantas vezes, tem alguém morrendo de fome. A pessoa possui algo que não tem, que não sabe que tem, então, na verdade, nem tem, mas é dela, ela prende, e outro passa fome. E vocês admiram isso. 

Por isso a pessoa se torna famosa. E aqui vemos outro aspecto da ilusão: rico é famoso, é bem quisto, é aplaudido, conhece muitas pessoas importantes. Por que será que Jesus critica isso? Porque é outra ilusão. Conhece, influencia, mas isto é amizade verdadeira? Isso é relação que troca energias espirituais superiores? Ou são relações de energias doentias? Que tipo de energia, de magnetismo, essa pessoa troca com essas outras que a admiram, que a obedecem? É saudável? Então, eu digo: talvez o mais importante para o Espírito que lida com prova da riqueza é ter a coragem de ver isso, de ver quanta loucura e quanta maldade tem na visão que vocês têm de riqueza. 

A pobreza é outra prova terrível, porque ela obriga o indivíduo a descobrir recursos em si mesmo. Será que vocês notam isso? Quando Espírito pede para vir com dificuldades financeiras, com sérias limitações, é para que ele descubra o que tem em si. É um convite para que seu olhar volte-se para dentro. O que eu tenho em mim? A inteligência para usar bem o pouco que tenho? A inteligência e a capacidade de trabalho para conquistar a cada dia a minha sustentação no mundo? E o indivíduo quando olha para trás adquire uma convicção, uma força íntima extraordinária… Consegui! Consegui, buscando só os recursos de mim mesmo! Não tive herança, não tive nada. A cada dia uma batalha, e eu venci. 

Por que tem mais chance de ser livre o indivíduo pobre? Porque ele tem mais estímulo para reconhecer que os grandes recursos da vida estão nele, em seu íntimo, em seu corpo. Nele! Então ele tem mais condições de se libertar. Claro, se é tolo, vai buscar se prender com as ilusões da riqueza. 

Muitos que vêm e pedem provas difíceis se corrompem para ter conforto, quando ele pediu a dificuldade para desenvolver os seus poderes espirituais. 

O indivíduo nunca é pobre, a não ser quando ele quer, do ponto de vista que importa, que é o espiritual. Que é o final da jornada. Rico na Terra, miserável no espaço, de que vale? De que vale? 

Busquemos, portanto, acima de tudo, a riqueza espiritual. Estejamos em qualquer situação. Mas para o rico é muito difícil. Porque o tolo pensa que pode comprar: vou ter acesso ao presidente da instituição, vou ter acesso aos melhores médiuns. Vai ter acesso ao Cristo, meu filho? Com essa postura? Sequer o teu anjo guardião vai ter acesso ao teu coração, tu com essa postura. Mil vezes mais rico, o pobre, abandonado do mundo, que ora com fé, porque sim, espíritos luminosos vão estar ali, seu anjo da guarda, seus amigos… E eles terão acesso ao coração que pede com humildade. Mas o coração que pensa conquistar com arrogância apenas conquista o pó da Terra, apenas conquista o tesouro que em breve estará podre em suas mãos. 

Por isso, se teu corpo, se teu ser é sim uma congregação, é sim um templo, é sim igreja, observa; observa que é preciso ser rico espiritualmente, observa que muitos vão tentar te prender, observa que tu será libertado pelo Cristo, e que, se tu vencer, tu herdarás a vida maravilhosa que existirá neste mundo na Terra. 

Que vocês fiquem em paz, refletindo, lendo estas palavras do Apocalipse, pensando o quanto ela tem a ensinar a vocês. Porque, acima de tudo, são vocês o templo que o Verbo Divino quer orientar. 

Cuida para que tu não te prendas com as ilusões dos falsos profetas. Cuida para que tu não te prendas com a ilusão da riqueza. Cuida para que tu entendas que a tua aflição é necessária, mas que é importante que dela você saia vencedor para não viver a nova expulsão. 

Que vocês fiquem em paz, 

Do amigo espiritual de sempre.

 

As sete comunidades a que se refere o Apocalipse localizam-se na Ásia menor (hoje, Turquia) e são próximas umas das outras.
A ilha de Patmos, onde se acredita que o apóstolo João recebeu a revelação.

Conceitos

Sete candelabros

O candelabro é o símbolo das comunidades cristãs, grupos no mundo material que tem a função de sustentar e propagar a luz. O número sete significa totalidade. Nesse contexto, a totalidade dos grupos cristão no mundo.

Árvore da vida

A árvore é um dos símbolos mais ricos e complexos que existem. É integração entre as profundezas da terra, a superfície e o ar. Árvore da Vida é a origem e fonte nutridora de toda a vida material e espiritual.

Sete estrelas

As estrelas representam os anjos ligados as igreja. O número sete significa totalidade. Nesse contexto, significa o conjunto dos anjos – espíritos orientadores – responsáveis por todas as comunidades cristãs.

Nicolaítas

Tudo isso indica que os Nicolaítas ensinaram que os cristãos estavam livres da lei e que ele pode fazer exatamente o que quiser. Eles perverteram os ensinamentos de Paulo e transformaram a liberdade cristã em licenciosidade cristã..

A gênese, os milagres e as predições segundo o espiritismo

Capítulo XII -Gênese Mosaica – Paraíso Perdido

16. Dá-se a mesma coisa com a Gênese, na qual se têm que perceber grandes verdades morais debaixo das figuras materiais que, tomadas ao pé da letra, seriam tão absurdas como se, em nossas fábulas, tomássemos em sentido literal as cenas e os diálogos atribuídos aos animais. Adão é a personificação da humanidade; sua falta individualiza a fraqueza do homem, em quem predominam os instintos materiais a que ele não sabe resistir. A árvore, como árvore da vida, é o emblema da vida espiritual; como árvore da Ciência, é o da consciência do bem e do mal, que o homem adquire pelo desenvolvimento da sua inteligência e do livre-arbítrio, em virtude do qual ele escolhe entre um e outro. Assinala o ponto em que a alma do homem, deixando de ser guiada unicamente pelos instintos, toma posse da sua liberdade e incorre na responsabilidade dos seus atos. O fruto da árvore simboliza o objeto dos desejos materiais do homem; é a alegoria da cobiça e da concupiscência; resume, numa figura única, os motivos de arrastamento ao mal. O comer é sucumbir à tentação. A árvore se ergue no meio do jardim de delícias para mostrar que a sedução está no seio mesmo dos prazeres e para lembrar que, se o homem der preponderância aos gozos materiais, prender-se-á à Terra e se afastará do seu destino espiritual. A morte de que ele é ameaçado, caso transgrida a proibição que lhe é feita, é um aviso das consequências inevitáveis, físicas e morais, decorrentes da violação das leis divinas que Deus lhe gravou na consciência. É bem evidente que aqui não se trata da morte corpórea, pois que, depois de cometida a falta, Adão ainda viveu longo tempo, mas sim da morte espiritual, ou, em outras palavras, a perda dos bens que resultam do adiantamento moral, perda figurada pela sua expulsão do jardim de delícias.

Kardec, Allan. A Gênese (pp. 253-254). FEB

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