Livro dos Espíritos

Terceira parte – As leis morais

Capítulo I – A lei natural

Item  –  Origem e conhecimento da lei natural

Questão 627

627. Visto que Jesus ensinou as verdadeiras leis de Deus, qual é a utilidade do ensino dado pelos espíritos? Têm eles alguma coisa a mais a nos ensinar?

“A linguagem de Jesus era, frequentemente, alegórica e em parábolas, porque falava de acordo com os tempos e os lugares. Agora, é preciso que a verdade seja inteligível para todo mundo.
É preciso explicar bem e desenvolver estas leis, porque há muito poucos que as compreendem e menos ainda que as praticam. Nossa missão é impactar os olhos e os ouvidos, para confundir os orgulhosos e desmascarar os hipócritas: aqueles que simulam a virtude e a religião só nas aparências, para esconder suas torpezas. O ensino dos espíritos deve ser claro e sem-equívocos, a fim de que ninguém possa pretextar ignorância e cada um possa julgá-lo e apreciá-lo com a sua razão. Estamos encarregados de preparar o reino do bem anunciado por Jesus; por isso é necessário evitar que cada qual possa interpretar a lei de Deus ao sabor de suas paixões e falsear o sentido de uma lei toda de amor e de caridade.”

Mensagem de encerramento

Queridos filhos, queridas filhas, que a paz do Cristo toque os vossos corações. Que vocês tenham paz, ternura e alegria.

Sejamos nós aqueles felizes por entendermos que o espiritismo é cristianismo puro e verdadeiro. Que não é novidade, não, nada de ‘novidadezinhas’, mas é a volta do Cristo, que Ele quer se estabelecer em nossos corações e orientar nossas vidas com amor, com ternura, com verdadeira caridade.

Entendamos, filhos, sem o Cristo não há espiritismo e não há cristianismo. Sem o Cristo não há Consolador. Sem o Mestre dos mestres, o mestre de Lion seria impotente para fazer qualquer coisa de verdadeiramente grande como é a doutrina consoladora. Portanto, entendamos, espiritismo é, acima de tudo, cristianismo. E todos aqueles que negam essa verdade tão simples e clara tornam-se falsos profetas, tornam-se discípulos das trevas e terão, sim, que responder perante as próprias consciências, pelo crime de, pela segunda vez, crucificar Jesus de Nazaré.

Mas como disse o próprio Cristo: “desta vez não terão nova chance”. Aquele que pecar contra o santo Espírito, ou espírito santo, contra os missionários, contra os espíritos superiores que falam em nome do cristianismo, não terão segunda chance aqui. Portanto, nada de briga e calúnia com esses irmãos, porque eles estão com os dias contados para deixar a terra e não interessa o quanto afetaram de bondade externa e o quanto de dinheiro doaram, isto nada vale porque eles são traidores, segunda vez, do cristianismo. 

E para eles apenas o degredo será a resposta de Deus, porque eles precisarão de muitos séculos para poderem educar seus corações tão orgulhosos e tão cheios de maldade que negam a segunda vez que o Cristo lhes estende as mãos.

Filhos, roguemos por eles, não os combatamos, porque muito em breve uma justiça terrível irá pegá-los, acolhê-los e enviá-los para expiações dolorosas. Misericórdia ante a esses hipócritas porque o tempo do combate passou, estamos iniciando a época da misericórdia.

Paz a todos, do amigo espiritual de sempre.