Perdão das nossas faltas |
Livro dos Espíritos
Terceira parte – As leis morais
Capítulo II – Lei de adoração
Item – A prece
Questão 665
665. O que se deve pensar da opinião que rejeita a prece pelos mortos, pelo fato de não estar prescrita no Evangelho?
“O Cristo disse aos homens: Amai-vos uns aos outros. Esta recomendação encerra a de empregar todos os meios possíveis para lhes testemunhar afeição, sem por esse motivo, entrar em detalhes, quanto à maneira de atingir esse objetivo. Se é certo que nada pode desviar o Criador da aplicação da justiça, da qual ele é o modelo, a todas as ações do espírito, não menos verdadeiro é que a prece que lhe endereçais por aquele que vos inspira afeição, representa, para este, um testemunho de lembrança que só pode contribuir para aliviar seus sofrimentos e consolá-lo. Desde que manifeste o menor arrependimento, e só então, é socorrido; porém, nunca se lhe permite ignorar que uma alma simpática dele se ocupou e deixa-se-lhe o doce pensamento de que sua intercessão lhe foi útil. Daí resulta, necessariamente, de sua parte, um sentimento de reconhecimento e de afeto por aquele que lhe deu esta prova de amizade ou de piedade; por conseguinte, o amor que o Cristo recomendava aos homens só fez fortalecer-se entre eles; ambos obedeceram, portanto, à lei de amor e de união de todos os seres, lei divina, que deve conduzir à unidade, objetivo e finalidade do espírito.”*
* Resposta dada pelo Espírito Sr. Monod, pastor protestante de Paris, morto em abril de 1856. A resposta anterior, no 664, é do Espírito São Luís.
Mensagem de encerramento
Queridos filhos, queridas filhas.
Que a paz do Cristo toque em nossos corações nos ensinando que precisamos caminhar em direção a Deus em busca dessa integração maravilhosa que nos dará uma paz inabalável. Que nos dará uma confiança indestrutível, que nos dará uma capacidade de ação extraordinária e até inacreditável para os padrões de mundo inferior como a Terra.
Todos nós podemos e iremos alcançar um patamar muito acima do que temos hoje. Por que? Porque nos decidimos a seguir a lei de Deus ensinada pelo Cristo e tão bem explicada pela Codificação. Por isso, filhos, o Espiritismo é o Consolador prometido por Jesus. O Cristo não mentiu quando disse “não vos deixarei órfãos, enviarei o Consolador para lembrar tudo e para ensinar muito mais”. Eis aqui um ensino que muitos não entendem o valor.
Espíritos dizendo: “você não precisa ser famoso, ser santo, ser poderoso para que você se conduza em relação às esferas superiores da vida. Você precisa fazer coisas simples e valiosas como orar para os que desencarnaram, como orar pelos que você sabe que estão em sofrimento, como despertar o bem em você e no outro”. Porque veja, o exemplo que é estudado aqui da prece nada mais é do que uma ação objetiva, concreta, de despertar o bem no outro e envolver-se numa dinâmica que vai lhe conduzir às esferas superiores.
Pois bem, que dinâmica é essa? É despertar em si e no outro, bons sentimentos. É despertar em si e no outro, sentimentos de solidariedade. É despertar em si e no outro, sentimentos de piedade, de carinho, de zelo, de preocupação verdadeira. Entendamos, filho, a essência do Espiritismo é o amor do Cristo!. Lembremos o que Ele disse: amai-vos como eu vos amei. Quer dizer: se dediquem ao bem do outro; esforcem-se para levar o consolo, o alívio a quem sofre, o sorriso a quem chora, o perdão a quem errou feio – errou muito, mas precisa de perdão. Então compreendamos que o Espiritismo, sendo o Consolador, nós temos que ter consoladores. Temos que levar o bom ânimo, o alívio, a alegria e a coragem para a esfera material e para, sim, a esfera espiritual.
Todos vocês, como discípulos de Kardec, têm essa obrigação. Preciso aliviar aos que sofrem, encarnados, e preciso aliviar aos que sofrem, desencarnados. Não apenas por aliviar, mas porque a partir desse alívio nós caminharemos juntos para esfera superiores. Nós caminharemos juntos para a unidade com o Criador, nós caminharemos juntos para formar, um dia, uma família perfeita, sem ódio, sem intriga, sem inveja, mas com colaboração, amparo e consolo mútuo. E assim nós seremos verdadeiramente felizes, porque nos sentiremos capazes de amar e nos sentiremos amados por uma multidão. E aí, sim, a Terra se transformará, porque terá seguido o ensino do Mestre de Nazaré.
Paz a todos,
do amigo espiritual de sempre.
Uma resposta para “Nova Geração Livro dos Espíritos – Questão 665 – parte 2 – O fortalecimento da solidariedade”
Jesus nosso amado Mestre, explica muito bem o valor da prece no capítulo 28 de O Evangelho Segundo o Espiritismo. É ler, entender e amar sempre pela prece.