Nova Geração Livro dos Espíritos – Questão 666 – Posso orar aos espíritos?

Perdão das nossas faltas

Livro dos Espíritos

Terceira parte – As leis morais

Capítulo II – Lei de adoração

Item  –  A prece

Questão 666



666. Pode-se orar aos espíritos?

“Pode-se orar aos bons espíritos, como sendo os mensageiros de Deus e os executores de suas vontades; o poder deles, porém, é proporcional à sua superioridade e depende sempre do Senhor de todas as coisas, sem cuja permissão nada se faz; é por isso que as preces que lhes endereçamos só são eficazes, se forem aceitas por Deus.”



Mensagem de encerramento

Queridos filhos, queridas filhas.

Que o Cristo, nosso Mestre e Senhor, possa nos auxiliar neste instante.

Muitas vezes nossa comunicação nem sempre é direta com Deus. E muitas vezes recorremos ao Mestre porque Ele, para nós, é o grande espírito que muitas vezes representa Deus para cada um de nós que somos seus seguidores. Os espíritos evoluídos da Terra reconhecem no Cristo O maior representante da Divindade em todas as dimensões espirituais e do mundo físico da Terra.

Conversemos, portanto, agora, sobre esse outro aspecto da resposta. Quando vocês oram para um bom espírito – e digo espírito superior, não é um espírito bom num sentido de ‘ah, é um espírito simpático, boa pessoa’, não… espírito superior. Porque nós vemos muito sofrimento que vocês geram, encarnados, em parentes desencarnados. Porque vocês querem que eles venham ajudar vocês. Ora, a maioria dos habitantes da Terra, mesmo sendo pessoas boas, ou quando são pessoas boas, são espíritos atrasados! Atrasados em que sentido? Não tem poder de ação. Não sabem fazer! Muitas vezes dizem: “ah, minha mãe era uma pessoa tão boa, me ajudou, cuidou de mim, sempre fez o bem, agora que ela morreu vou pedir muito para que ela me ajude”. Não faça isso. Porque mesmo sendo pessoa boa, você tem certeza que ela tem poder pra fazer as coisas que você pede? 

Porque vocês não entendem que um pedido de vocês, tantas vezes, desencadeia uma imensa operação. Tem que atuar em muitos setores para aquele pedido que parece simples ser atendido. Vou dar um exemplo: você está doente, está adoecendo, mas a causa do teu adoecimento é uma mágoa profunda de alguém que já desencarnou. Então você ora muito verdadeiramente pedindo uma ajuda para aquela doença, para que cure ou para que amenize.

Ora, como nós podemos atuar? A forma adequada é levar você a trabalhar esse sentimento. Pessoa está desencarnada, vamos atrás da pessoa e quando é possível começamos a realizar uma aproximação lenta e continuada de vocês dois. Digamos que esse processo vai avançando, mas você precisa ter uma vivência de perdão, já que não vai ser possível você curar essa pessoa. Mas aquela pessoa também precisa te perdoar e aí, muitas vezes, nós vamos criar um conjunto de circunstâncias para daqui, digamos, há um ano, você, sem saber, vai encontrar uma pessoa que, a pessoa que está desencarnada e que está em conflito com você, ama muito e aí vamos criar uma situação em que você poderá ajudar essa pessoa. Imagine quantas coisas, quantas providências têm que ser tomadas ao longo de 1 ano para que este teu pedido seja atendido. E aí você, aproveitando a oportunidade, vai abrir um campo psíquico adequado para nós atuarmos diretamente, objetivamente, no teu problema. Olha que coisa.

Está vendo? Então, às vezes, sua mãezinha não consegue entender isso. Não consegue elaborar um plano desse. Não tem amigos ainda suficientes aqui para mobilizar. Não tem equipes que trabalham sob a direção dela para que ela faça tudo isso, para que tenha toda essa construção. E depois ela tenha conhecimento científico para conseguir fazer, digamos, uma atuação no teu corpo espiritual e no teu corpo físico, quando necessário.

Então precisa entender um pouco a complexidade do mundo espiritual para saber o que pedir e a quem pedir. Não pode simplesmente: “ah, morreu boas pessoa, vou ficar agora enchendo de pedido”, porque você vai gerar problema para essa pessoa. Porque ela vai ficar angustiada e não vai saber. Entende, filho? É como você, encarnado, pega uma pessoa que você ama muito, que lhe ama, leva para o hospital e diz “ah, agora opera meu coração”. A pessoa te ama, é boa, mas ela não sabe operar teu coração. Imagina o tanto de angústia!? Ela querendo te ajudar, mas não sabe. Não sabe nada e vai ficar lá fazendo o que? Sofrendo. É o que nós vemos muitas vezes na Terra por ignorância.

Então, isto é muito grave. Tentem alertar carinhosamente pessoas que você conhece e diz: “fulano, sua mãe é boa pessoa, mas por que você não ora pro anjo guardião? Pode ser que ela esteja fazendo outras coisas e, se ela não puder lhe atender, ela vai ficar triste. Reza pro Cristo. Mas evite ficar pedindo coisas para espíritos que não podem atender”. Claro, se você reza para um grande espírito não tem problema. Ah, Santo Agostinho, Vicente de Paulo, Eurípedes, não tem problema. Mas tenha muito cuidado, se você não tiver uma certeza total de que esse espírito é realmente muito evoluído, ou pelo menos evoluído o suficiente, digamos assim, para atender pedido e para conseguir de fato te ajudar. Porque, se não, tua prece vai ser elemento de tormento para alguém que você ama, porque essa pessoa não terá poder nem capacidade de te ajudar.

Então, filhos, a prece é uma arte, uma ciência. Ela necessita de sabedoria. E é isso o que quero falar pra vocês agora, porque parece que neste sentido com esta questão encerra o tema da prece de uma forma mais específica. Então eu queria dizer que a prece exige sabedoria. Exige que você busque um lugar tranquilo dentro de você mesmo. Exige que você tenha essa disposição em querer se elevar. Talvez você diga: “eu não sei”. É claro que não sabe, mas precisa treinar. Então a prece também é um treino. Um treino em me deslocar vibratoriamente às esferas superiores. É esse treino diário que você precisa. Acalmar e impulsionar-se energeticamente a ter contato com o Mais Alto.

Este é apenas o começo da prece. Uma vez que você começa, você pode aos poucos começar a sentir o refrigério deste contato. Uma vez feito isso, você começa um diálogo profundo com seres mais elevados da Terra, de troca de afeto. Porque prece também é troca de afeto. E a partir desse ambiente, sim, você pode agradecer e pedir por você e pelo mundo. Então colocar-se inicialmente neste patamar é muito importante, porque sem isso a prece pode se transformar em mero barulho interior ou exterior. Este acalmar, este repousar emocionalmente é o que eu quero enfatizar para vocês hoje, porque somente assim a prece será de fato restauradora e somente assim será de fato ouvida nas esferas mais altas. Porque é natural que os espíritos mais evoluídos não fiquem à disposição para ouvir qualquer coisa. Porque é falta de respeito.

Vocês não precisam estar num patamar superior, mas você precisa estar buscando sinceramente esse patamar para que a tua prece seja ouvida. Porque esse ato de buscar elevar-se é também um ato de amor que você está expressando. Significa: “Pai, eu quero estar mais perto de Ti”; “anjo guardião, eu quero compartilhar contigo a esfera que tu vives”; “amigo espiritual, eu quero sentir-me ao teu lado”. E a forma de conseguir isso é buscando a paz interior, o silêncio profundo, a tranquilidade do coração. E se você tem dificuldade a isso, que bom que você já reconhece. Então já pode começar nessa busca, porque Deus jamais privaria as suas criaturas amadas de conquistar esse lugar de elevação dentro da Criação. E o primeiro passo para isso é o treino diário por meio da prece.

Despeço-me contando uma pequena história:

Um dia visitava uma casa muito turbulenta, mas que tinha duas pessoas ali que oravam apesar do clima de ódio, apesar do clima de intriga e de maldade, duas pessoas numa família de sete pessoas, realmente oravam. Outros fingiam que oravam e outros desprezavam abertamente a prece. E um dia estava configurado energeticamente o ambiente que poderia facilmente induzir a uma briga e a um crime dentro daquele grupo familiar. Duas pessoas iriam discutir e se agredir fisicamente de forma severa. Estas duas pessoas começaram a orar, não porque percebessem isso, mas porque foram intuídas pelos bons espíritos. Oraram, e a prece delas mobilizaram uma pequena equipe espiritual que estudaram a situação que se configurava ali, naquele dia. E conseguiram, por meio de um pequeno contratempo na vida de uma dessas pessoas, evitar que a trama que estava armada para que dois indivíduos se encontrassem a noite, no jantar, e um já estaria alcoolizado, discutissem e a tragédia se concretizasse. O que aconteceu do ponto de vista dos encarnados? Nada! Quase nada. Um pequeno incidente na vida de um componente desse grupo familiar. O que aconteceu em nosso ponto de vista? Evitou-se um assassinato cruel que teria consequências muito graves. Porque a trama seria indução de um assassinato e, depois, de suicídio de outro membro da família, não dos dois diretamente envolvidos.

Portanto, filhos, é muito difícil para nós explicar para cada um de vocês quantas circunstâncias a prece sincera altera de forma positiva todos os dias. Mas pensemos apenas o seguinte: se a presença de Deus e dos bons espíritos é real em minha vida, o mal maior já foi evitado.

Que vocês fiquem em paz,

Do amigo espiritual de sempre.

O que você achou?

%d