Perdão das nossas faltas |
Livro dos Espíritos
Terceira parte – As leis morais
Capítulo II – Lei de adoração
Item – A prece
Questão 667
667. Por que o politeísmo é uma das crenças mais antigas e mais difundidas, já que é falsa?
“A concepção de um Deus único só poderia existir no homem como resultado do desenvolvimento de suas ideias. Incapaz, por sua ignorância, de conceber um ser imaterial, sem-forma determinada, agindo sobre a matéria, deu-lhe os atributos da natureza corporal, isto é, uma forma e uma imagem, e desde então, tudo o que lhe parecia ultrapassar os limites da inteligência comum era, para ele, uma divindade. Tudo o que não compreendia devia ser a obra de uma potência sobrenatural e, daí a crer em tantas potências distintas quanto os efeitos que observava, era só um passo. Porém, em todos os tempos, houve homens esclarecidos que compreenderam a impossibilidade dessa multiplicidade de poderes para governar o mundo, sem uma direção superior, e se elevaram à ideia de um Deus único.”
Mensagem de encerramento
Queridos filhos, queridas filhas.
Que o Cristo esteja conosco e nos acompanhe ao longo deste dia, desta semana, ao longo de nossas existências.
Muito bom falar com vocês sobre esse assunto, porque a criatura da Terra ainda tem muitos impulsos de politeísmo e não se dá conta. Quantos de vocês não têm vários deuses? Sim, deuses inferiores, como alguns eram nas épocas remotas da Terra. Vocês cultuam deuses às vezes muito mais inferiores que os povos que vocês chamam de primitivos, que na verdade são vocês na infância. Como assim? Quantos espíritas não cultuam, de forma exagerada, esses artistas da moda? Isto é politeísmo, filho. É uma adoração estranha. Às vezes, histérica. Às vezes que faz brotar algo muito irracional. Alguém pondera e diz: “mas olha que curioso a letra desta música, parece agredir a dignidade humana”. E a pessoa diz: “não, mas eu adoro fulano, não discuto nada, não aceito nada contra ele”. Que estranho. A sua adoração por uma canção, um artista está acima de uma verdade divina? Que coisa estranha.
Então, filhos, não pensem que ‘ah, o politeísmo é coisa do passado’, que infelizmente não é. Quantos de vocês buscam, diariamente, pessoas para adorar? Às vezes é o chefe do serviço, às vezes é o professor, às vezes é um médico, às vezes é o político. Quantos de vocês não traem o Cristo porque querem seguir alguns desses deuses? Quantas pessoas não ouvi dizer ‘eu sei que o que ele defende é contra o Cristo, mas eu o apoio’. Isto é grave, filho, isto é muito grave! Muito grave porque isso vai ser decisivo para o teu caminho espiritual neste momento em que a Terra enfrenta esta crise de regeneração, que está vivendo a verdadeira separação do joio e do trigo.
Portanto, quero destacar com vocês esse outro aspecto: por que tanta adoração de deuses inferiores? Por que tanta adoração de seres que não querem se submeter à doce autoridade do Cristo? Não interessa ter nos lábios a palavra “Jesus”. Interessa ter o compromisso em viver o amor do Mestre todos os dias. Interessa enfrentar a luta interior para não agredir tanto o próximo. Interessa é cumprir a própria responsabilidade para que o próprio fardo não pese no ombro de um outro.
Portanto, filhos, deixamos vocês com essa reflexão. Vocês teriam coragem de escreverem no papel: quem são os deuses, com “d” minúsculo, os deuses inferiores que vocês adoram? Quantos deles se submetem à doce e sábia autoridade do Mestre? Não estamos pregando uma confusão mental em vocês. Estamos, carinhosamente, diagnosticando e sugerindo um caminho de cura. Não é que vai amar agora só quem fala a palavra “Jesus”, mas é, sim, saber quem você adora. Porque o Mestre alertou: “não é possível servir a dois senhores”. E no tempo em que vivemos, na Terra, muitos, milhões, filhos, se oferecem como deuses, encarnados e desencarnados. Porque todos eles, em sua loucura rebelde, querem tomar o lugar do Cristo, que é o legítimo representante do Criador do Universo na Terra.
A nossa pergunta, portanto, é pessoal, é para você: quem são os deuses que você adora, filho? Estão eles caracterizados por discípulos sinceros do Cristo? Ou são eles fontes inspiradoras do mal em teu coração? Porque um dia tua consciência vai te mostrar quem são os verdadeiros adoradores do Cristo e quem são os falsos profetas que tudo fizeram para seduzir teu coração imaturo. Deus queira, filho, que você possa olhar-se no espelho da consciência e falar: “segui o Mestre, inspirado por Ele e por seus sinceros seguidores”
Paz,
Do amigo espiritual de sempre.