Nova Geração Livro dos Espíritos – Questão 680 – Ser útil é lei da vida

Necessidade do trabalho

Livro dos Espíritos

Terceira parte – As leis morais

Capítulo III – Lei do trabalho

Item  –  Necessidade do trabalho

Questão 680



680. Não há homens que se encontram impossibilitados de trabalhar no que quer que seja e cuja a existência inútil?

“Deus é justo: ele condena apenas aquele que é voluntariamente inútil, porque esse vive às custas dso trabalho dos outros. Ele quer que cada um se torne útil segundo suas faculdades.”

Livro dos Espíritos, Lei de trabalho, tradução nossa, destaque nosso.

Mensagem de encerramento

Queridos filhos, queridas filhas.  

Que o Cristo toque em nossos corações nos ajudando a ter paz e a ter luz.

Muitos espíritas pensam de forma animal, posso dizer assim, porque acham que o mundo é só coisa física. Tudo bem que um cachorro, um elefante, tenham suas atenções voltadas de forma quase total, quase, para o mundo da matéria. Mas gostaríamos que os espíritas entendessem as coisas de uma forma um pouco mais elevada, porque eles acham que caridade é doação material. Desculpe, uma estupidez total. 

E por que acham isso? Porque não têm compreensão de quem é Jesus de Nazaré. Não sabem de fato quem é Allan Kardec. Não teria sido a maior contribuição desses dois grandes espíritos de ordem não material? Será que não foram os ensinos do Cristo, expressos por Ele e mostrado com a Sua conduta, o que de mais valor doou a cada um de nós? Não foi que deu tantos denários pra fulano e pra beltrano, não. Não, filhos. Allan Kardec estava muito longe de ser um homem rico, um conhecido da sociedade alta de sua época. Muito longe disso, filhos. E por que vocês que se dizem espíritas, portanto, seguidores de Kardec e do Cristo, querem agir como bichos: caridade é dar dinheiro, caridade é dar coisas? Claro que não sou contra doação de nada material, é importantíssimo. Mas o valor disso está no teu coração e não na coisa em si. Não dá para entender isso ainda, filhos? 

A grande utilidade, grande, da caridade, não é visível. Não é visível. Muitas vezes se dá coisas ofendendo, porque falta o carinho amigo, falta o olhar de ternura, falta igualar-se diante de Deus em relação àquele que sofre. Quantos não usam a caridade como algo que se paga pra ser aplaudido?

Por isso, filho, os espíritos superiores sempre insistem em mostrar a cada um de vocês: é o amor, é a ternura, é colocar-se no lugar do outro, é amar, é ter verdadeiro carinho por aquele que sofre, que tem valor aos olhos de Deus. Jamais a obra do verdadeiro cristão, que o espírita deve ser, poderá ser resumida à somas materiais. Muito mais importante é: qual o custo emocional para se praticar uma boa ação? O quanto você tem que largar do seu orgulho doente? O quanto você tem que superar das tuas buscas inferiores para ajudar alguém? O quanto você está abrindo mão da própria inferioridade para consolar aquele que sofre? O quanto você está renunciando de lazeres torpes para estar presente ao lado do que desespera? Esse é o único valor que interessa para o Mais Alto.

Muitos pensam: sou importante porque tenho um cargo estúpido numa instituição espírita. Outros dizem a si mesmo: ah, doei muitos milhões, sou verdadeiramente generoso. Loucura! Porque não doou nada, repassou algo que Deus te deu. São filhos de Deus, mas ainda com o pensamento estúpido. Não é isso o que interessa.

O que interessa é você esquecer de si mesmo. O que interessa é você poder saber abrir mão de estar agora em um lugar extremamente confortável e cômodo para mim, para estar olhando para essa criança revoltada e tentando transmitir-lhe um pouco que seja de carinho e de amor. Ah, poderia estar agora entre os felizes do mundo, mas optei por estar entre os leprosos, os abandonados e os sofredores para elevar-lhes o padrão vibratório; para ajudá-los a pensar em algo consolador; para induzi-los no caminho do bem, pois os bons espíritas estão me induzindo, então cabe a mim fazer o mesmo em relação a quem detecto haver essa necessidade e tenho condição de interagir.

Fiquemos, filhos, portanto, com a compreensão simples e clara: não é o que você dá que te torna belo aos olhos de Deus. É o que você se torna ao aprender a amar aqueles que mais precisam. Entendamos: ser útil, verdadeiramente útil para a lei da vida, é saber desenvolver em si algo de valor, que se chama “amor”, e distribuí-lo generosamente a todos que te cercam. Assim você terá a verdadeira paz.

Espero que cada um de vocês pense. Nós acompanhamos vocês, queridos amigos, que nos escutam continuadamente e queremos dizer, sim: há uma vontade real de minha parte que nos encontremos, uma vez que seja, para dialogarmos carinhosamente. Estamos trabalhando nisso. Fiquem atentos. Em breve lançaremos uma proposta de encontro com vocês que nos ouvem regularmente.

Que vocês fiquem em paz, 

do amigo espiritual de sempre.

 

O que você achou?

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