| Necessidade do trabalho |
Livro dos Espíritos
Terceira parte – As leis morais
Capítulo III – Lei do trabalho
Item – Necessidade do trabalho
Questão 681
681. A lei da natureza impõe aos filhos a obrigação de trabalhar para os pais?
“Certamente, como os pais devem trabalhar por seus filhos. É por isso que Deus criou o amor filial e o amor paternal como um sentimento natural com o objetivo de que, por causa dessa afeição recíproca, os membros de uma mesma família fossem levados a se
ajudarem mutuamente. Isso é frequentemente ignorado em vossa sociedade atual.”
Livro dos Espíritos, Lei de trabalho, tradução nossa, destaque nosso.
Mensagem de encerramento
Queridos filhos, queridas filhas,
Que a paz do Cristo esteja em seu coração, te mostrando que se as experiências do mundo, e isso é importante, te colocam de forma alternada onde você pode sentir a própria fragilidade e onde você pode ter compaixão pela fragilidade do outro, isso também serve para você entender que apenas quem se vincula ao amor de Deus é verdadeiramente forte. Viver a experiência da fragilidade deve servir, filho e filha, para você aprender que, acima de tudo, só existe verdadeira segurança em Deus. Por que um dia chegará que você perceberá, quer seja como infante, seja como um adulto considerado poderoso no mundo, você é sempre frágil.
Essa experiência precisa ser vivida de forma consciente, se não, você não vai crescer espiritualmente. Saber que, independente do que você tenha ou do que você não tenha, independente do que você saiba e de tudo que você ignore. Independente de que quando você age acertamente ou quando você age equivocadamente, você é sempre frágil. Você sempre precisará de Deus. Isso muito importante entender. Não adianta achar que você vai tudo resolver por si mesmo. O espírito não consegue resolver os enigmas que carrega sem a luz do Cristo que reflete o amor divino. Não dá, filho, não dá. Não dá para você entender a tua própria realidade. Não dá para você conseguir verdadeira paz. Por isso que o Cristo diz “eu vos dou a paz que o mundo é impotente para dar”. Ora, o que é a falta de paz? Vocês já entenderam, a falta de paz é o medo, a insegurança; é a consciência maior ou menor da própria fraqueza.
Mas essa consciência da própria fraqueza não precisa tirar tua paz. Porque todos que são minimamente lúcidos reconhecem a própria fragilidade. Reconhece a fragilidade de tudo que existe nesse mundo. Então é natural que diante de tanta fragilidade do mundo, com tantas ameaças, o indivíiduo fique perturbado, assustado, nervoso, buscando alguma segurança que, segundo o Cristo, ele nunca encontrará no mundo. Não é asism que vemos? “Ah, quando eu tiver muitos recursos; ah, quando eu tiver isso, aquilo”, e tudo é mentira. Porque mesmo aqueles que tudo conseguem, não conseguem ter a paz verdadeira. Por que, filhos? Porque, ainda que eles tenham tudo o que um ser humano pode ter, eles sabem – apesar de, às vezes fazerem de conta que não – que tudo é muito frágil. Que as fortunas acabam, que a fama desaparece, que o corpo pode adoecer a qualquer instante. Que a morte é sempre uma realidade muito, muito próxima de todos que estão encarnados na Terra.
Por isso, o mundo não poderá dar paz a ti. Poderá te dar aplausos, poderá te dar algum reconhecimento, poderá te dar fortunas, palácios, tudo. Mas nada disso te dará a paz. Então o espírito quando ele reencarna em corpo frágil é uma oportunidade para ele dar-se conta do óbvio: que ele é muito frágil. Então se pode dizer “então, por que não explica isso para ele e pronto, não precisa reencarnar?”. Por que não adianta saber conceitualmente. É preciso sentir de forma muito profunda para que seja um conhecimento verdadeiro.
Então dizemos, filho: todas as posições no mundo são frágeis. Algumas, a fragilidade está mais evidente. Outras, está camuflada. Mas todos são profundamente frágeis. Por isso, vocês nunca terão paz no mundo. A não ser quando vocês se vinculem àquele que pode dar a verdadeira paz em nome de Deus, e este se chama Jesus de Nazaré.
Que vocês fiquem em paz,
do amigo espiritual de sempre.