Encontro 9 – Pontos magnéticos centrais e perispírito

Estudamos dois casos vividos por André Luiz. Um extraído do livro Os Mensageiros e outro do livro Nos Domínios da Mediunidade em que o ponto magnético central frontal é utilizado para ampliar a percepção espiritual, bem como, o conhecimento de existências passadas com a finalidade de tratamento emocional.

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Educação Espírita: um Convite à Juventude- Magnetismo – Encontro 9

Pontos magnéticos centrais e perispírito

 

 

Comentamos um trecho do livro, Os Mensageiros, capítulo 27, No trabalho ativo, psicografado por Francisco Cândido Xavier.

 

Notando minha estranheza Aniceto colocou-me a destra na fronte, transmitindo-me vigoroso influxo magnético, e acentuou:

— Repare a máquina divina do homem, o tabernáculo sagrado que o Senhor permitiu se formasse na Terra para sublime habitação temporária do espírito. Agora, André, não está você diante duma demonstração anatômica da ciência terrestre, examinando carne morta e músculos enrijecidos. Observe agora! O olho mortal não poderá contemplar o que se encontra à sua vista neste instante. O microscópio é ainda pobre, não obstante representar uma nobre conquista para a limitada visão humana.

A cooperação magnética do querido mentor modificara a cena e fui compelido a concentrar todas as minhas energias, a fim de não inutilizar a observação pelo golpe do espanto.

A luz mental, embora fosca, tornara-se mais nítida e o corpo do moribundo agigantou-se, oferecendo-me espetáculo surpreendente aos olhos ansiosos. Parecia-me o corpo, agora, maravilhosa usina nos mais íntimos detalhes. O quadro científico era simplesmente estupefativo. Identificava, em grandes proporções, os nove sistemas de órgãos da máquina humana; o arcabouço ósseo, a musculatura, a circulação sanguínea, o aparelho de purificação do sangue consubstanciado nos pulmões e nos rins, o sistema linfático, o maquinismo digestivo, o sistema nervoso, as glândulas hormonais e os órgãos dos sentidos. Tal revelação histológica era diferente de tudo que eu poderia sonhar nos meus trabalhos de medicina. A circulação do sangue semelhava-se a movimento de canais vitalizadores daquele pequeno mundo de ossos, carne, água e resíduos. Milhões de organismos microscópicos iam e vinham na corrente empobrecida de glóbulos vermelhos.

(…)

A desencarnação de Fernando

Quando Aniceto retirou a destra da minha fronte, perdi a possibilidade de prosseguir nas observações do infinitesimal. Minha visão abrangia minúcias muito importantes ao interesse comum; entretanto, estava longe daquele poder de apreensão que me transmitira o mentor amigo, ao contacto do seu elevado potencial magnético.

 

 

No livro Nos domínios da Mediunidade, no capítulo 9, Possessão,  vemos um interessantíssimo caso de acesso a memórias de vidas passadas com o intuito de socorrer um caso de grave obsessão.

 

(…)

 

Em seguida, como se quisesse recolher dados informativos para completar a lição, tocou a fronte de Pedro, auscultando-a demoradamente.

Decorridos alguns instantes de silêncio, informou:

– A luta vem de muito longe. Não dispomos de tempo para incursões no passado, mas, de imediato, podemos reconhecer o verdugo de hoje como vítima de ontem. Na derradeira metade do século findo, Pedro era um médico que abusava da missão de curar. Uma análise mental particularizada identificá-lo-ia em numerosas aventuras menos dignas. O perseguidor que presentemente lhe domina as energias era-lhe irmão consangüíneo, cuja esposa nosso amigo doente de agora procurou seduzir. Para isso, insinuou-se de formas diversas, além de prejudicar o irmão em todos os seus interesses econômicos e sociais, até incliná-lo à internação num hospício, onde estacionou, por muitos anos, aparvalhado e inútil, à espera da morte.

Desencarnado e encontrando-o na posse da mulher, desvairou-se no ódio de que passou a nutrir-se. Martelou-lhes, então, a existência e aguardou-o, além-túmulo, onde os três se reuniram em angustioso processo de regeneração. A companheira, menos culpada, foi a primeira a retornar ao mundo, onde mais tarde recebeu o médico delinqüente nos braços maternais, como seu próprio filho, purificando o amor de sua alma. O irmão atraiçoado de outro tempo, todavia, ainda não encontrou forças para modificar-se e continua vampirizando-o, obstinado no ódio a que se rendeu impensadamente.

 

Diálogo Mediúnico

 

Que a paz do Cristo esteja entre nós, mas, acima de tudo, em nós. Iluminando nosso ser, fazendo-nos progredir em direção ao Pai, pois esse é o maior e mais profundo desejo desse espírito amigo, o Mestre de todos nós.

Podemos começar.

1ª pergunta: Agradecemos a sua presença no dia de hoje. Como primeira pergunta, você poderia nos falar do poder de percepção dos espíritos puros e como a percepção deles se diferencia dos espíritos superiores?

Sim, responderei.

Antes disso, quero deixar aqui alegria pela presença em nossas atividades do amigo Bezerra de Menezes. Um espírito muito querido que está na Terra há tanto tempo disposto a servir ao ideal do amor e também nos deixa com a esperança de que espíritas jovens se inspirem mais no trabalho desse amigo.

Quantos médicos do mundo não são simplesmente gananciosos disfarçados de bondosos? O exemplo desse amigo deve estar presente, não em bocas melífluas, mas em corações que aprendem a abnegação. E eu mesmo sugiro, orem a esse amigo para que ele possa ensinar a vocês a verdadeira abnegação ao socorrer aqueles que mais sofrem.

Bem, minha filha, podemos dizer que o que diferencia de maneira, mais fácil de explicar, a percepção desses espíritos se dá mais em relação ao futuro do que em relação ao passado. Espíritos nobres, quando saem do corpo, recuperam, muitos espontaneamente, com muita facilidade, a percepção de seu passado espiritual.

Para eles não há nenhum problema, bem como, não há problema para os superiores, mas já mais evoluídos, mas não puros, captar a própria história do planeta.

Tudo o que aconteceu aqui está registrado, numa espécie de memória cósmica. Não vou usar o termo perispírito cósmico, mas uso o termo corpo, uma condensação energética, que registra a história de todo o planeta.

Espíritos muito evoluídos podem, sim, acessar toda a história deste mundo e ver. Não são estudos de registro feito por outro espírito, eles veem o que aconteceu de fato. Porém, quando se trata de observação de futuro, tudo é muito mais complexo.

Aí cabe apenas a espíritos puros a compreensão plena do futuro. Imagine a paz que isso gera, você já sabe o que vai acontecer e já sabe as soluções que serão tomadas. Não é belo isso? Muito interessante. Mente de vocês fica até confusa em falar do futuro, porque vocês não conhecem nem o próprio passado, às vezes nem o passado da atual encarnação. Mas, talvez, seja importante sim que vocês comecem, pelo menos,  a ter parâmetros para entender: espírito evolui, compreende e vê sua história completa, e vê história completa da Terra.

Isso o prepara para entender futuro, porque o futuro se desenha como possibilidades. À medida que ele evolui espírito entende quais possibilidades irão se concluir. Talvez alguém diga “ah, mas eu não tenho livre-arbítrio?”, sim. Mas vou dar um exemplo muito claro para vocês, muito claro.

Terra evolui, chega momento de seleção. Fica fácil para todos nós sabermos que Terra se tornará um mundo muito melhor, isso é fácil. Vemos as datas marcantes, vemos planejamentos reencarnatórios em massa, acompanhamos todo esse processo. Isso para nós não tem nada de misterioso. Por que isso? Porque entendemos lei de Deus. Deus determina que planeta chegue a determinado estágio e isso acontecerá de uma forma ou outra. Mas, mas, aqueles que não quiserem por conta de livre-arbítrio? Sairão. Então, para nós é muito fácil prever futuro da humanidade terrena.

Mas, muito difícil, na verdade, para nós é impossível saber futuro de cada individualidade. Espíritos puros conseguem, isso nos diferencia deles. Nós conseguimos ver, digamos assim, os traços grandes das sociedades. Sim, conseguimos ver bastante coisa. Espíritos puros, filha, conseguem ver cada indivíduo. Eles sabem o futuro de cada indivíduo. Percebem como é diferente? Algumas coisas nós vemos, outras, apenas eles. É o que sabemos, mas não experienciamos.

Pouco a pouco vamos aprendendo, vamos treinando, como vocês viram aí espíritos fazer com André Luiz, espíritos puros fazem conosco. Usam técnicas que nos ajudam a perceber evoluções individuais ao longo de muitos, centenas de milhares de anos. Fazemos isso em um caso, fazemos isso em pequeníssimos grupos, duas, três pessoas. Eles fazem com todos.

Ora, se você é capaz de compreender futuro de indivíduo e futuro de coletividade, você é capaz de compreender o futuro todo. Porque existem, também, muitos não sabem disso, existem leis específicas da evolução individual, filha.

Porque vocês falam mundo de transição porque já entendem que existem leis de destinos coletivos. Espíritos puros compreendem em profundidade leis de destinos individuais. Não tem livre-arbítrio? Não. Livre-arbítrio tem limite. Ninguém tem livre-arbítrio infinito, só Deus.

Existem leis que vão regulando também evolução individual. Chega uma hora que não pode mais. Existem mecanismos muitos sutis de dor, de regeneração, tão profundos, que é impossível espírito resistir.

Mas isso é muito, muito mais complexo do que evolução coletiva para nós, que é fácil. Esses mecanismos sutis que atuam na esfera individual do espírito ao longe de centenas de milhares de anos, apenas puros espíritos captam em toda sua completude, e eles nos ensinam, e eles nos treinam.

O que fizemos com esse espírito que narra para vocês tudo isso, espíritos superiores fazem conosco. É muito simples entender. O maior ajuda o menor, e ninguém na Terra é maior que o Cristo. Então, se o impulso “ah, eu sou muito grande, porque estou ajudando esse espírito”, nós lembramos, existem espíritos que nos ajudam em coisas muito parecidas, que é ajudado por outros, e por outros, numa escala que vai até o coração do Mestre. Não tem muito jeito de querer ficar orgulhoso, vaidoso, nós apenas fazemos e recebemos. Há motivo de alegria, de amparo, por conta da cooperação, mas não há motivo de arrogância.

Alguma questão outra, filha? Ficou claro?

Ficou claro. Não tenho mais nenhuma pergunta por hoje e eu deixo espaço para você encerrar.

Eu sei que esse é tema difícil, filha. Muito difícil para a percepção humana. Mas, às vezes, queremos falar um pouco disso, apenas para que vocês se deem conta da limitação de percepção de vocês.

Isso ajuda a ser menos arrogante, menos orgulhoso, porque ajuda, pelo menos, a ter aquele sentimento “existem coisas que eu não percebo, existem coisas que outros filhos de Deus percebem e eu não percebo nada. Existem leis que eles entendem com muita clareza, e eu sequer suspeito que elas existam”.

Um livro que vai ajudar muito vocês a avaliarem essas leis chama-se Memórias de um Suicida. Vocês nunca se deram conta, a maioria de vocês, com certeza, nunca se deram conta, por que um espírito como Léon Denis iria revisar uma obra? Nunca se deram conta disso, né? Por quê? Por que faria uma revisão psicográfica alterando texto original? Mudando, cortando capítulos, acrescentando coisas.

Por quê? Vocês não se deram conta que a obra mais reveladora que vocês têm nas mãos se chama Memórias de um Suicida. O suicídio é um tema simbólico, porque o suicídio é a ação-símbolo infeliz da negação de Deus, o suicídio é a repetição da revolta no Paraíso.

“Não aceito anda, não aceito Deus, revolto-me, não aceito vida, tento me matar.” Um dia vocês entenderão que cada personagem daquele livro revela sutilezas das leis divinas que regem destino individual. Vocês já entendem o básico das leis do destino coletivo, chega uma hora que é preciso pensar: e as leis do destino individual? Porque espírito não se pode revoltar eternamente, então há um limite também de dizer: não podes mais! Utilizaremos métodos severos porque daqui não poderás passar.

Há limite a loucura da revolta. Há limite. Apenas saibam disso nesse momento, trevas são espíritos necessitados do amor de Deus, mas não são espíritos que estão fora do controle da justiça divina, nunca. Todos estão submetidos ao amor do Pai aonde estiverem. E um dia espíritas precisarão compreender isso em detalhes.

Encerro, agradecendo a recepção de vocês a temas tão desafiadores para a compreensão humana, mas que, não tenham dúvida, para sentir o amor do Cristo é necessário, sim, abrir o coração. E para abrir o coração com confiança, filhos, vocês precisam saber, Deus é Todo-Poderoso sempre, em todas as situações do universo, todas.

Que vocês fiquem em paz,

Do amigo espiritual de sempre.

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