Reencarnação: encontro 9

Áudio de introdução ao estudo:

Debate dos participantes:

Resumo do debate dos participantes:

O quanto a solidão pode lhe levar ao desequilíbrio…

O quanto o desequilíbrio sexual é um desafio a ser vencido…

O quanto a bajulação pode levar você a desequilibrar-se…

O quanto a leviandade pode influenciar sua conduta…

O quanto a hipocrisia pode se tornar um fator de falência espiritual…

Qual destes lhe parece o maior desafio para sua atual existência e por quê?

Exercício emocional

  1. Faça uma prece por Camilo, mas, antes, tente sentir, entender os imensos desafios que ele teve de enfrentar em seu processo de cura.

2. Defina uma pessoa próxima – esposo/a, namorado/a, amigo/a – e tente entender qual o seu desafio reencarnatorio, faça uma prece por ela e realize uma ação, ainda que simples, que a ajude nesse desafio.

Diálogo mediúnico com Eurípedes Barsanulfo

Que a paz do Cristo possa enternecer os vossos corações, ensinando-vos que a verdadeira disciplina, a austeridade elevada é sempre a têmpera necessária para aqueles que verdadeiramente amam. O amor no mundo precisa expressar-se de forma austera como registra João, o Evangelista, em o Apocalipse. Porque ante a criatura que enlouquece apenas a verdade imperativa pode ser o remédio salvador daqueles que permitam que a sua luz penetre em seus corações,

Podemos iniciar.

Muito obrigada pela sua presença hoje. A nossa pergunta é: qual seria a sua orientação para um espírito na Terra como o Camilo que busca a redenção?

A resposta vos foi dada pela leitura do texto do Novo Testamento que mostra que o grande desafio da criatura não é o início da jornada libertadora, mas a decisão profunda de enfrentar, de vivenciar as amarguras que têm por objetivo curar a ela mesma.

É óbvio que para a divindade e para o Cristo, que conduzia aquela coletividade, seria imensamente fácil proporcionar àqueles indivíduos o conforto almejado. Mas isso certamente seria um fator de bloqueio à cura de suas verdadeiras angústias espirituais. Esse é o ponto em que estais: reencarnartes, enfrentastes muitos dos desafios do mundo, mas sabeis, ainda há um caminho austero e longo a ser percorrido. E é nesse momento que o espírito não pode fraquejar, pois agora relativamente lúcido, relativamente vitorioso, ou, explico melhor: vitorioso na primeira etapa, ele sente a angústia e a saudade do conforto que usufruíra como escravo.

A liberdade, portanto, é conquista para a qual o espírito precisa preparar-se. E a preparação para que se alce os grandes voos da liberdade espiritual é sempre, na Terra, austera, desconfortável, e mesmo intensamente dolorosa.

A vida possui etapas e para a maioria de vós as etapas preparadoras já transcorreram, mas ainda falta muito. Pois, se tendes a base, e isso é fundamental, ainda não tendes a construção terminada.

Resta a seguinte indagação: devo eu continuar, ainda que saudoso da escravidão? Estou disposto a tudo perder para, apenas depois, adentrar na Terra Prometida, ou quero o consolo imediato que já possuía ante as limitações extraordinárias de uma vida inferior. Esse é o desafio central de cada um de vocês. Lidar com o desconforto de uma liberdade que se inicia, lidar com a solidão que faz parte do vosso tratamento espiritual e aceitar, com mansidão e brandura, a areia quente do deserto desconfortável, mas que irá ser o caminho para vossa verdadeira redenção.

Tendes de ter clareza, a maioria trai o Cristo. Aquele que descansa confortavelmente, iludindo-se de que cumpre sua tarefa espiritual com base nos indicadores da fama, da maldade ou conchavo, jamais alcançara a Terra Prometida. Tendes de observar entre os que acomodam-se no conforto e aqueles indivíduos discretos e austeros, que apesar de todas as dificuldades, a cada dia dão um passo para atravessar o deserto que o separa da Terra Prometida. Não é por acaso que nosso Mestre elegeu o símbolo da travessia no deserto como caminho de se chegar à terra da promissão. E não foi por acaso que, inspirado pelo Cristo, o próprio João ordena que em o Livro dos Espíritos se coloque o símbolo da terra da promissão, o mesmo símbolo encontrado por aqueles que fizeram a travessia.

Saibamos: estamos todos na parte mais perigosa da travessia, porque a empolgação se esvaiu, temos diante de nós um imenso deserto, a areia quente, as noites frias, a vastidão na qual, muitas vezes, caminhamos quase sem referência, apenas com a convicção profunda de que Deus abençoará os nossos esforços sinceros. Esse será o desafio de todos os cristãos do mundo. Caminhar guiado pela profunda convicção de que Deus saberá amparar, orientar e abrir-lhes as portas da terra da promissão.

Concluímos dizendo: eis o vosso desafio, apesar de toda a aspereza do caminho, permanecer na travessia guiado pelo Cristo.

Nossa próxima pergunta: haveria sugestão para o tema 10?

No encontro 10 me disponho a um trabalho com cada participante do grupo. Cada um deverá pensar, elaborar e discutir em grupo em que momento da travessia se encontra e quais são as saudades, ou as saudades mórbidas que pode prendê-lo. Em outras palavras, explico dizendo: qual o principal fator que pode fazê-lo voltar para a terra da escravidão. O que ele teme, o que ele intui, o que o ameaça em termos de progresso espiritual. O que pode matá-lo durante a travessia. Ou, usando as palavras do Cristo, o que pode causar a sua morte espiritual, a sua degeneração ou a sua acomodação. Portanto, quando vocês debaterem e amadurecerem esse tema poderemos lançar luz sobre alguns aspectos do vosso psiquismo para que vocês estejam mais preparados para uma etapa maravilhosa e, às vezes, assustadora, pois a travessia em direção à terra da promissão exige o olhar para os próprios medos, o abrir mão de todas as seguranças falsas e caminhar pelo deserto com a doce consolação de que o Cristo vela por nós.

Que vocês permaneçam em paz e que o Cristo permaneça conosco, porque haveremos de muito realizar em seu nome.

Paz,

Eurípedes Barsanulfo.  

%d