Áudio de introdução ao estudo:
Debate dos participantes:
Resumo do debate dos participantes:
O quanto a solidão pode lhe levar ao desequilíbrio…
O quanto o desequilíbrio sexual é um desafio a ser vencido…
O quanto a bajulação pode levar você a desequilibrar-se…
O quanto a leviandade pode influenciar sua conduta…
O quanto a hipocrisia pode se tornar um fator de falência espiritual…
Qual destes lhe parece o maior desafio para sua atual existência e por quê?
Exercício emocional
- Faça uma prece por Camilo, mas, antes, tente sentir, entender os imensos desafios que ele teve de enfrentar em seu processo de cura.
2. Defina uma pessoa próxima – esposo/a, namorado/a, amigo/a – e tente entender qual o seu desafio reencarnatorio, faça uma prece por ela e realize uma ação, ainda que simples, que a ajude nesse desafio.
Diálogo mediúnico com Eurípedes Barsanulfo
Que a paz do Cristo possa enternecer os vossos corações, ensinando-vos que a verdadeira disciplina, a austeridade elevada é sempre a têmpera necessária para aqueles que verdadeiramente amam. O amor no mundo precisa expressar-se de forma austera como registra João, o Evangelista, em o Apocalipse. Porque ante a criatura que enlouquece apenas a verdade imperativa pode ser o remédio salvador daqueles que permitam que a sua luz penetre em seus corações,
Podemos iniciar.
Muito obrigada pela sua presença hoje. A nossa pergunta é: qual seria a sua orientação para um espírito na Terra como o Camilo que busca a redenção?
A resposta vos foi dada pela leitura do texto do Novo Testamento que mostra que o grande desafio da criatura não é o início da jornada libertadora, mas a decisão profunda de enfrentar, de vivenciar as amarguras que têm por objetivo curar a ela mesma.
É óbvio que para a divindade e para o Cristo, que conduzia aquela coletividade, seria imensamente fácil proporcionar àqueles indivíduos o conforto almejado. Mas isso certamente seria um fator de bloqueio à cura de suas verdadeiras angústias espirituais. Esse é o ponto em que estais: reencarnartes, enfrentastes muitos dos desafios do mundo, mas sabeis, ainda há um caminho austero e longo a ser percorrido. E é nesse momento que o espírito não pode fraquejar, pois agora relativamente lúcido, relativamente vitorioso, ou, explico melhor: vitorioso na primeira etapa, ele sente a angústia e a saudade do conforto que usufruíra como escravo.
A liberdade, portanto, é conquista para a qual o espírito precisa preparar-se. E a preparação para que se alce os grandes voos da liberdade espiritual é sempre, na Terra, austera, desconfortável, e mesmo intensamente dolorosa.
A vida possui etapas e para a maioria de vós as etapas preparadoras já transcorreram, mas ainda falta muito. Pois, se tendes a base, e isso é fundamental, ainda não tendes a construção terminada.
Resta a seguinte indagação: devo eu continuar, ainda que saudoso da escravidão? Estou disposto a tudo perder para, apenas depois, adentrar na Terra Prometida, ou quero o consolo imediato que já possuía ante as limitações extraordinárias de uma vida inferior. Esse é o desafio central de cada um de vocês. Lidar com o desconforto de uma liberdade que se inicia, lidar com a solidão que faz parte do vosso tratamento espiritual e aceitar, com mansidão e brandura, a areia quente do deserto desconfortável, mas que irá ser o caminho para vossa verdadeira redenção.
Tendes de ter clareza, a maioria trai o Cristo. Aquele que descansa confortavelmente, iludindo-se de que cumpre sua tarefa espiritual com base nos indicadores da fama, da maldade ou conchavo, jamais alcançara a Terra Prometida. Tendes de observar entre os que acomodam-se no conforto e aqueles indivíduos discretos e austeros, que apesar de todas as dificuldades, a cada dia dão um passo para atravessar o deserto que o separa da Terra Prometida. Não é por acaso que nosso Mestre elegeu o símbolo da travessia no deserto como caminho de se chegar à terra da promissão. E não foi por acaso que, inspirado pelo Cristo, o próprio João ordena que em o Livro dos Espíritos se coloque o símbolo da terra da promissão, o mesmo símbolo encontrado por aqueles que fizeram a travessia.
Saibamos: estamos todos na parte mais perigosa da travessia, porque a empolgação se esvaiu, temos diante de nós um imenso deserto, a areia quente, as noites frias, a vastidão na qual, muitas vezes, caminhamos quase sem referência, apenas com a convicção profunda de que Deus abençoará os nossos esforços sinceros. Esse será o desafio de todos os cristãos do mundo. Caminhar guiado pela profunda convicção de que Deus saberá amparar, orientar e abrir-lhes as portas da terra da promissão.
Concluímos dizendo: eis o vosso desafio, apesar de toda a aspereza do caminho, permanecer na travessia guiado pelo Cristo.
Nossa próxima pergunta: haveria sugestão para o tema 10?
No encontro 10 me disponho a um trabalho com cada participante do grupo. Cada um deverá pensar, elaborar e discutir em grupo em que momento da travessia se encontra e quais são as saudades, ou as saudades mórbidas que pode prendê-lo. Em outras palavras, explico dizendo: qual o principal fator que pode fazê-lo voltar para a terra da escravidão. O que ele teme, o que ele intui, o que o ameaça em termos de progresso espiritual. O que pode matá-lo durante a travessia. Ou, usando as palavras do Cristo, o que pode causar a sua morte espiritual, a sua degeneração ou a sua acomodação. Portanto, quando vocês debaterem e amadurecerem esse tema poderemos lançar luz sobre alguns aspectos do vosso psiquismo para que vocês estejam mais preparados para uma etapa maravilhosa e, às vezes, assustadora, pois a travessia em direção à terra da promissão exige o olhar para os próprios medos, o abrir mão de todas as seguranças falsas e caminhar pelo deserto com a doce consolação de que o Cristo vela por nós.
Que vocês permaneçam em paz e que o Cristo permaneça conosco, porque haveremos de muito realizar em seu nome.
Paz,
Eurípedes Barsanulfo.