Mensagem encerramento
Meus filhos, que se abra diante de vocês um novo horizonte, que deve ser o horizonte da nação verdadeiramente espírita, verdadeiramente cristã.
Que o espiritismo não seja uma religião dominante. Que o espiritismo seja, como foi a presença do Cristo, na Galileia, uma religião inspiradora. Que o espiritismo seja a força, a doutrina que consola e que orienta todos os credos. Que o espiritismo seja a força que adentra os terreiros afro-brasileiros, falando: “fraternidade!” Que o espiritismo penetre as sacristias, pronunciando a palavra: “humildade!” Que o espiritismo frequente os templos protestantes, do protestantismo atual, dizendo: “desapego!” Que o espiritismo seja a voz, que diz aos vossos corações: “amemos ao Cristo, amando-nos uns aos outros”. Façamos ao outro aquilo que sentimos que o Cristo faria em nosso lugar.
Sejamos o olhar de ternura; sejamos o ouvido da compreensão; sejamos os braços que protegem; sejamos a mão firme que segura; sejamos o dedo apontado para o alto; sejamos nós, da pátria do evangelho, que tantas bênçãos ainda recebe diariamente do coração do Mestre, aqueles que, reconhecidos da força do Mais Alto, que modela as nossas próprias vidas, nos tornemos a única coisa gloriosa, imensamente satisfatória, que nos cabe: sermos servos desta doutrina de luz, sermos servos de uma ideia, que possui um corpo e um nome, que nós chamamos Jesus de Nazaré.
Que o horizonte se abra dentro de vocês e, nessa paisagem de imensa beleza, vocês vejam, como uma miragem que atrai, a pátria do evangelho. Construamos, hoje, em nossas atitudes firmemente cristãs, esta pátria, que ainda é miragem, mas que se fará realidade no mundo da matéria densa. Para isso, filhos e filhas, combatamos em nossos corações os impulsos criminosos. Transformemos em nosso ser a revolta improdutiva e nos tornemos sábios servos do Mestre de Nazaré, porque, acima de tudo, é a nossa necessidade maior, é a nossa redenção verdadeira, carregarmos o fardo de nossa dor, servindo em nome do Cristo.
Muita paz, do vosso amigo e irmão de sempre,
Adolfo Bezerra de Menezes.