Nova Geração #162 – Brasil: Pátria Dividida

Conversamos sobre os desafios  e a grande importância de mantermos unida a Pátria do Evangelho por meio da compreensão do método do Cristo ao lidar com disputas sociais ao estudar o encontro dele com a mulher Samaritana e a parábola do bom Samaritano.

Por ser um programa especial sua duração é maior que 30 minutos que é nosso padrão.

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Mensagem de Encerramento

 

Que a paz do Cristo possa nos tocar neste instante, em que tantas graves reflexões precisam ser feitas, porque é importante entender que muitos hoje estão alimentando  tendências divisionistas em excesso.

Os espíritas e os brasileiros em geral precisam assumir e dar-se conta do imenso projeto de amor que o Cristo tem para essa nação maravilhosa. É necessário que consigamos, encarnados e desencarnados, nos unir por este sentimento de construção de um mundo melhor de maneira tal que não nos desviemos em polêmicas, em guerras, em disputas absolutamente inúteis.

Não podemos, filhos, agir de tal forma que as trevas consigam penetrar a alma do povo brasileiro. É preciso, acima de tudo, deixar de lado disputas de vaidades. Vocês não estão numa disputa de provar que vocês estão certos e que o outro está errado. Vocês tem que assumir a verdadeira disputa que é a disputa de se tornar uma pessoa melhor.

A Pátria do Evangelho foi corrompida. Precisa ser restaurada e é um processo doloroso, é um processo difícil, é um processo que não deve ser fundamentado na condenação e na amargura.

Vocês precisam entender que existe um projeto muito mais vasto do que disputas judiciais. Vocês precisam entender que cada indivíduo vinculado a Pátria do Evangelho deve acima de tudo perguntar-se: qual o meu papel na construção de um mundo melhor? Porque é muito fácil acomodar-se em disputas pessoais aparentemente importantes.

Filhos, é hora de cada um se questionar: estou contribuindo ativamente para uma cultura de paz? Os assuntos que me proponho a desenvolver são realmente significativos?

Sim… Devemos apoiar a Justiça, mas devemos continuar e apoiar também o amor, também a compaixão. Não podemos nos contaminar com o ódio em nome da Justiça, porque s ensina Allan Kardec a todos os espíritas, que não existe Lei de Justiça. Existe Lei de Justiça, Amor e Caridade. Não existe, não é possível, justiça sem o amor, justiça sem a caridade.

Este irmão errou. Este irmão cometeu um assassinato e precisa ser isolado da sociedade. Sim, precisa. É necessário que seja. Mas ele não precisa ser odiado pela sociedade e quando vemos milhões de pessoas, uma multidão de espíritas, perdendo-se porque buscam a justiça, mas alimentam o ódio, ficamos muito preocupados.

É preciso que o assassino seja punido, como vocês dizem, é preciso que seja preso, é preciso que seja isolado do contexto social maior. É necessário! Mas também é necessário que vocês não o odeiem,  que vocês não desejem o mal para ele. É um irmão que precisa  se recuperar, é um irmão que irá viver na pele a dor que causou no outro. É um irmão que precisará de séculos, alguns de milênios, para se recuperarem meus filhos. Portanto, vinculado à Justiça, que o espírita se obrigue a fazer uma reflexão mais elevada: se fosse meu filho que houvesse feito isto, como eu me sentiria? Se fosse o meu irmão sanguíneo, consanguíneo, se fosse o meu melhor amigo que tivesse feito isto, como me sentiria? Porque um dia, muito de vocês vão estudar estes casos e vão ver o desdobramento espiritual de tudo o que está acontecendo.

Há um alerta mais grave que quero fazer, muito mais grave, porque que a Terra tem sido invadida por corrente de ódio e aqueles, espíritas ou não, que usam o nome Justiça para odiar o seu próximo serão invadidos por correntes terríveis. Ocorrerão muitas doenças mentais, muitos problemas psíquicos, muita depressão, muita agitação excessiva, porque estes estão cultivando ódio em nome da justiça, ou melhor: estão tendo muito prazer com o ódio, desculpando-se falsamente com a ideia da justiça, porque aquele mesmo que pratica a justiça verdadeiramente é o mesmo que se compadece do sofrimento do outro.

Espíritas precisam sair de postura hipócrita que diz: amor é não punir ou a punição da Justiça tem de ser feito com ódio. Foram estas duas posturas que separaram o povo hebreu e que impossibilitou a maioria de aceitar o Cristo. Como teria sido diferente a história se este povo tivesse abandonado estas posturas:  a indiferença disfarçada de virtude e a ação maléfica disfarçada de justiça. Filhos, o povo brasileiro passa por hora muito grave e nós contamos com cada um de vocês para que vocês sejam os apóstolos da luz nesse momento de trevas.

Sim, ele foi punido e deve ser, tudo bem. Mas eu também penso na tristeza do filho deste homem, na filha desta senhora. Eu também penso como será ele não ver os netos crescerem. Eu também penso como os netos sofrerão, porque  o seu avô se tornou uma figura pública negativa. Filhos é necessário que cada um assuma uma postura de verdadeiro  cristã.

Justiça, sim, com misericórdia. Justiça, sim,  com equilíbrio. E, acima de tudo, que cada um assuma para si a postura de juiz, de sua própria conduta. Como a justiça divina avaliará a minha vida? Como eu preciso melhorar, porque infelizmente, filhos, muitos dos que hoje gritam condenação de forma odiosa, estão numa situação espiritual muito pior do que os condenados. Que vocês não sejam esses, mas que vocês sejam sempre aqueles que lutam pela justiça, tornando-se melhores e, acima de tudo, que a justiça seja feita com vibrações de profunda compaixão, porque somente um povo que souber viver a justiça com compaixão, será digno de se chamar Pátria do Evangelho.

Que todos fiquem em paz, do amigo espiritual de sempre.

 

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